Relatório Red House: o IV Reich como império econômico
Heinrich Himmler com Max Faust, engenheiro da empresa I. G. Farben
O blog inicia hoje, em três capítulos, com exclusiva tradução para português, esta reportagem do Daily Mail Online, de autoria de Adam Lebor, intitulada "Revelado: O relatório secreto que mostra como os nazistas planejaram o Quarto Reich...na União Européia", com base em documento encontrado nos arquivos da inteligência americana (veja facsímile acima).
Decidi dividir a reportagem em três capítulos, porque o texto é meio longo para uma única postagem. Mas a abordagem é interessante. Lebor refere-se ao romance que escreveu O Protocolo de Budapest, inspirado no Relatório Red House. "Mas conforme pesquisei e escrevi o romance, eu percebi que partes do relatório Red House haviam se tornado um fato", diz ele.
De fato, a análise que formula neste texto publicado no site do Daily Mail sugere uma reflexão que contempla, por exemplo, o fato de que os industriais que colaboraram com Hitler e que utilizaram judeus em trabalho escravo em suas fábricas foram soltos depois de permanecerem presos algum tempo. Suas empresas continuam operando até hoje e, de forma surpreendente, há uma inexplicável tolerância da União Européia à invasão árabe. No pós-guerra os árabes foram os coiteiros dos nazistas foragidos, pois viam neles seus macabros parceiros na tentativa de liquidar os judeus.
Eis aqui o primeiro capítulo desta ótima reportagem. A tradução livre é do professor particular de inglês e tradutor Geraldo Leal, paulistano radicado em Florianópolis.
O blog inicia hoje, em três capítulos, com exclusiva tradução para português, esta reportagem do Daily Mail Online, de autoria de Adam Lebor, intitulada "Revelado: O relatório secreto que mostra como os nazistas planejaram o Quarto Reich...na União Européia", com base em documento encontrado nos arquivos da inteligência americana (veja facsímile acima).
Decidi dividir a reportagem em três capítulos, porque o texto é meio longo para uma única postagem. Mas a abordagem é interessante. Lebor refere-se ao romance que escreveu O Protocolo de Budapest, inspirado no Relatório Red House. "Mas conforme pesquisei e escrevi o romance, eu percebi que partes do relatório Red House haviam se tornado um fato", diz ele.
De fato, a análise que formula neste texto publicado no site do Daily Mail sugere uma reflexão que contempla, por exemplo, o fato de que os industriais que colaboraram com Hitler e que utilizaram judeus em trabalho escravo em suas fábricas foram soltos depois de permanecerem presos algum tempo. Suas empresas continuam operando até hoje e, de forma surpreendente, há uma inexplicável tolerância da União Européia à invasão árabe. No pós-guerra os árabes foram os coiteiros dos nazistas foragidos, pois viam neles seus macabros parceiros na tentativa de liquidar os judeus.
Eis aqui o primeiro capítulo desta ótima reportagem. A tradução livre é do professor particular de inglês e tradutor Geraldo Leal, paulistano radicado em Florianópolis.
O papel é antigo e frágil, as letras datilografadas lentamente se apagam. Mas o relatório da inteligência militar americana EW-Pa 128 é tão assustador hoje quanto no dia em que foi escrito em novembro de 1944.
O documento, também conhecido como Relatório Red House, é uma narrativa detalhada de uma reunião secreta no Hotel Maison Rouge em Strasbourg em 10 de agosto de 1944. Lá, os oficiais nazistas encomendaram de um grupo da elite industrial alemã um plano para a recuperação da Alemanha no pós-guerra, preparando o retorno dos nazistas ao poder e trabalhando para um forte império alemão. Em outras palavras o Quarto Reich.O relatório datilografado de três páginas, marcado secreto, copiado para oficiais ingleses e enviado por via aérea para Cordell Hull, Secretário de Estado americano, dava detalhes de como os industriais iriam trabalhar com o partido nazista para reconstruir a economia alemã através de envio de dinheiro pela Suíça.Eles construiriam uma rede de empresas de fachada no exterior; aguardariam as condições ideais e então eles tomariam a Alemanha de novo.Os industriais incluíam representantes da Volkswagen, Krupp e Messerschmitt. Oficiais da marinha e ministério de armamento estavam também na reunião e com incrível precaução eles decidiram juntos que o Quarto Reich, diferente do antecessor, seria um império econômico e não militar, mas não apenas alemão.O relatório Red House, que foi descoberto em arquivos da inteligência americana, foi a inspiração para o meu romance O protocolo de Budapeste.O livro começa em 1944 quando o exército vermelho avança sobre a cidade sitiada, depois pula para os dias atuais, durante a campanha eleitoral do primeiro presidente da Europa. O super estado da União Européia é revelado com fachada para uma conspiração sinistra, enraizada nos últimos dias da Segunda Guerra Mundial.Mas conforme pesquisei e escrevi o romance, eu percebi que partes do relatório Red House haviam se tornado um fato.A Alemanha nazista exportou grandes quantidades de capital através de países neutros. Empresas alemãs criaram uma rede de empresas de fachada no exterior. E a economia alemã se recuperou logo depois de 1945.O Terceiro Reich foi derrotado militarmente, mas poderosos banqueiros, industriais e funcionários públicos da era nazista, renasceram como democratas e logo prosperaram na Alemanha Ocidental. Lá eles trabalharam por uma nova causa: a integração política e econômica da Europa.É possível que o Quarto Reich que aqueles industriais nazistas previam tenha se tornado realidade?O relatório Red House foi escrito por um espião francês que estava na reunião em Strasbourg em 1944, e ele pinta um quadro extraordinário.Os industriais no Hotel Maison Rouge esperaram que o Obergruppenführer da SS Dr. Scheid começasse a reunião. Scheid tinha uma das patentes mais altas na SS, equivalente a general. Ele tinha uma figura imponente no seu uniforme verde. Guardas foram colocados do lado de fora e a sala foi inspecionada.Lá ele respirou fundo antes de começar a falar. A indústria alemã precisa perceber que a guerra não pode ser vencida, ele declarou. Ela precisa tomar medidas para uma campanha comercial pós-guerra. Tal declaração era traição - o suficiente para levá-lo aos porões da Gestapo, seguido de uma viagem sem volta a um campo de concentração.Mas Scheid tinha autorização especial para falar a verdade – o futuro do Reich estava em jogo. Ele ordenou aos industriais que fizessem contratos e alianças com firmas estrangeiras, mas deveriam ser feitos individualmente e sem atrair nenhuma suspeita.Os industriais deveriam pegar emprestadas somas substanciais de países estrangeiros depois da guerra.Eles deveriam explorar as finanças de empresas alemãs que já haviam sido usadas com fachadas para penetração no exterior, disse Scheid, citando alguns parceiros americanos da gigante Krupp, Zeiss, Leica e da empresa mercantil Hamburgo-America.Mas quando os industriais deixaram a reunião um punhado deles foi chamado para uma segunda reunião, presidida pelo Dr. Bosse do Ministério de Armamentos. Haviam segredos a ser compartilhados com a elite da elite.Bosse explicou como, mesmo embora o Partido Nazista tenha informado os industriais que a guerra estava perdida, a resistência contra os aliados continuaria até que houvesse uma garantia de unidade alemã. Ele então descreveu uma estratégia de três estágios para o Quarto Reich.No primeiro estágio os industriais deveriam se preparar para financiar o Partido Nazista, que seria obrigado a ficar as escondidas.No segundo estágio o governo proveria grandes somas de dinheiro para os industriais alemães.No terceiro estágio empresas alemãs criariam uma rede de agentes no exterior através de empresas de fachada, que daria cobertura para pesquisa militar e inteligência, até que os nazistas retornassem ao poder.A existência destes seria conhecida apenas por poucas pessoas em cada indústria e chefes do partido nazista, anunciou Bosse.Cada escritório terá um agente do partido. Logo que o partido se tornar forte suficientemente para restabelecer seu controle sobre a Alemanha, os industriais serão recompensados por seu esforço e cooperação através de concessões e pedidos.Os fundos exportados seriam canalizados através de dois bancos suíços em Zurique, ou através de agencias na Suíça que compraram propriedades na Suíça para os alemães, por uma comissão de 5 por cento.Os nazistas estavam mandando fundos por países neutros há anos.
Amanhã sabado o segunda parte.
Amanhã sabado o segunda parte.
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