Ei, bolivarianos e genéricos, quem diria que uma só hondurinha iria fazer verão?
terça-feira, 30 de junho de 2009
Ei, bolivarianos e genéricos, quem diria que uma só hondurinha iria fazer verão?
O artigo, claramente, demonstra que o governo estava colocando e determinando o uso da máquina pública para fazer aprovar a assembléia nacional constituinte, onde iria obter a possibilidade da reeleição ilimitada, tão ao gosto das ratazanas bolivarianas que infestam a América.
Ora, o INE é uma espécie de IBGE misturado com IPEA, não tendo nenhuma prerrogativa para realizar trabalhos de cunho eleitoral. O presidente, passando por cima de todas as instâncias, alijou o Tribunal Superior Eleitoral do país, colocando um órgão vinculado à Presidência da República a coordenar o referendo.
sexta-feira, 26 de junho de 2009
Por Reinaldo Azevedo
Vejam o que vai na Agência Brasil. Volto depois:A proposta de emenda à Constituição (PEC) que exige diploma de curso superior de comunicação social para o exercício da profissão de jornalista “será apresentada no mais tardar até as 18 horas da próxima quarta-feira, 1º de julho”. A informação é do autor da proposta, senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE).“Pretendo ampliar ainda mais o apoio à proposta e, com isso, criar condições para que sua tramitação ocorra de forma ágil”, explica o senador. A expectativa é de que, no início da próxima semana, a PEC já conte com pelo menos 50 assinaturas de apoio dos senadores para a sua apresentação.A emenda precisa ser aprovada por três quintos dos senadores em dois turnos, o que corresponde a 49 dos 81 votos. Antes, terá de passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).“Não acredito que a proposta venha a ser considerada inconstitucional, porque é uma situação bastante similar à PEC da Verticalização Política. Na época o STF julgou que as alianças entre partidos nos estados teria de, obrigatoriamente, ser estendida a todo o país. Mas por meio de uma PEC o Congresso Nacional conseguiu mudar a situação”, disse o senador à Agência Brasil.Na opinião do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Maurício Corrêa, a estratégia de tornar obrigatória a exigência do diploma por meio de emenda constitucional pode ser bem sucedida. “Isso é possível, mas há que se ter cuidado para que ela não seja interpretada como repreensão à decisão do Supremo”, disse à Agência Brasil.A PEC a ser apresentada pretende acrescentar o Artigo 220A na Constituição, estabelecendo que o exercício da profissão de jornalista como privativo de portador de diploma de curso superior de comunicação social, com habilitação em jornalismo. Acrescenta também um parágrafo único ao artigo, tornando facultativa a exigência do diploma para os colaboradores.
ComentoQuase dá vergonha de comentar. Trata-se de uma mistura de corporativismo, demagogia com uma carreira profissional e ignorância. O que foi que derrubou, no Supremo, a lei que exigia o diploma? O inciso IV do Artigo 5º da Carta, uma cláusula pétrea, a saber:
Artigo 5º - Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:(…)IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
E acabou. Se essa esdrúxula emenda prosperasse nas duas Casas do Congresso, seria declarada inconstitucional no Supremo. Acenar com isso é vender ilusão. A comparação feita pelo senador com a questão da verticalização é uma estupidez. Naquele caso, a Carta estava redigida de modo a induzir a prática. Com a mudança da redação, ela caiu. Nesse caso, o diploma só poderia voltar a ser exigido caso se mudasse ou se eliminasse o inciso IV do Parágrafo 5º. E, bingo!, nessa cláusula, nem uma emenda pode mexer.
Imaginem, agora, se todas as profissões resolvessem “constitucionalizar” as exigências para o exercício da função… Isso é uma aberração! Alguém precisa avisar ao senador e, eventualmente, aos pterodáctilos corporativistas que não dá para meter na Carta o que vai dando na telha, entenderam? Não é porque se opta por uma PEC, que dá para enfiar na Constituição o que a Câmara e o Senado bem entenderem. Você não pode tornar obrigatório, por exemplo, o consumo de Chicabom. Não pode porque fere direitos individuais. Ou, para lembrar Nelson Rodrigues, não pode impedir a viúva de tomar um Chicabom no portão logo depois de enterrar o marido… De novo, fere direitos.
O senador Valadares deve achar que, procedendo assim, puxa o saco de jornalistas. Talvez ignore que os jornalistas de fato não dão bola para diploma. E quem dá bola não é jornalista de fato…
O ministro Patrus Ananias, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, afirmou hoje (25) que o Bolsa Família não é assistencialista, pois existem projetos para os beneficiários do programa destinados à capacitação, qualificação e inserção dessas pessoas no mercado de trabalho, aproveitando especialmente as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Em seguida o ministro falou sobre o aumento dos recursos aplicados anualmente no Bolsa Família, que neste ano será de R$ 32 bilhões, quase um terço a mais que em 2008. As informações estão no site da Agência Brasil.
DúvidaSe o Bolsa Família tem diminuído a pobreza no país, como dizem por aí, por que os gastos com ele aumentam ano após ano? E notadamente em anos eleitorais? Patrus Ananias alegaria que não é fácil corrigir 500 anos de injustiças (como se para os antecessores fosse), ou que “nunca antes nesse´houve um programa de transferência de renda como este”, mas nada disso responderia a pergunta. Ou a pobreza aumentou, elevando os custos do Bolsa Família, ou ele não é eficiente como o governo apregoa, ou, o que acredito ser mais provável, ele é um programa sem metas, um ativo eleitoral sem critérios técnicos bem definidos e sem fiscalização, ou seja, assistencialismo puro.
Nota. Essa conversa de que o PAC é a porta de saída para os beneficiários do Bolsa Família foi uma das maiores cascatas que eu já ouvi na vida. Primeiro, o PAC não existe; segundo, o Bolsa Família não visa emancipar ninguém, pelo contrário, deseja mesmo é tutelar os eleitores mais pobres.
quinta-feira, 25 de junho de 2009
Sobre jornalismo sem diploma obrigatório
Peço licença ao distinto leitor para um relato pessoal e desinteressante. Entrei na faculdade de jornalismo com essa crença de que apenas indivíduos com formação específica poderiam exercer a profissão com dignidade. Eu realmente acreditava que o fim da obrigatoriedade resultaria na tomada dos jornais e revistas do meu Brasil por gente ignorante e submissa. Coisa de jovem.Minhas concepções, no entanto, logo mudaram. Não havia nenhuma técnica ensinada ali dentro que fosse inacessível para alguém de fora interessado em aprender sozinho. Alegar que são necessários quatro anos de um curso universitário para dominar o básico do jornalismo é exagero puro.Os sindicatos e estudantes com vocação sindicalista dizem que só as faculdades podem garantir a existência de bons jornalistas. Qual é o ingrediente exclusivo? Trata-se da famosa “formação ética”. Eu passei por isso e posso traduzir: formar eticamente o estudante significa direcioná-lo ideologicamente. E quem adivinhar para que lado vai esse direcionamento ganha uma assinatura da Caros Amigos.Qualquer ser humano que já esteve numa faculdade de jornalismo (qualquer uma de humanas, na verdade) sabe que certos professores são verdadeiros agentes partidários, sem falar das estrelas dos currículos, a nata do esquerdismo acadêmico: Bernardo Kucinski, Ricardo Kotscho, Alberto Dines, Marilena Chauí, Paulo Freire, Noam Chomsky, Antonio Gramsci, Michael Lowy, os frankfurtianos... A derrubada da obrigatoriedade do diploma tira da esquerda o monopólio sobre o ofício de que ela usufrui há décadas. Tira ainda a reserva de mercado dos jornalistas, que é a razão principal de seus protestos contra a decisão do STF, embora eles naturalmente não o admitam, pois é pouco romântico reconhecer que a luta é pela exclusividade das vagas. Jornalistas jamais agiriam por motivo tão mundano: tudo que eles fazem é pensando no bem da sociedade.As empresas precisam de profissionais minimamente competentes. Se eles forem formados, que sejam. Se não forem, e daí? O curso de jornalismo não é totalmente inútil, mas também não é totalmente imprescindível. A luta pela manutenção do diploma obrigatório é o grito de resistência da elite sindical que vê seu poder lhe escapando das mãos. Também reflete um traço típico do brasileiro: o fetiche do papel timbrado, a adoração do alvará, o amor pelo certificado pendurado na parede.
Por Bruno Pontes
Peter J. Smith
VILNIUS, Lituânia 18 de junho de 2009 (Notícias Pró-Família) — O Parlamento da Lituânia deu aprovação final a uma lei que proíbe os meios de comunicação e as escolas de promoverem condutas adversas ao desenvolvimento dos jovens, inclusive exposição pública à violência, suicídio e propaganda homossexual.
O Seimas, que é o Parlamento da Lituânia, aprovou a lei na terça-feira. A lei proíbe a disseminação de informações públicas que sejam reconhecidas em geral como tendo efeito negativo na saúde mental e no desenvolvimento físico, intelectual e moral dos jovens. Isso inclui a propagação de informações que “incitem a opinião pública a favor das relações homossexuais e bissexuais ou da poligamia”.
Contudo, a lei atual necessita de sanções sérias contra os infratores. Os legisladores haviam debatido, mas rejeitaram por pequena margem em 11 de junho, uma emenda que teria multado ou preso os infratores com até três anos de cadeia.
A versão final da lei foi aprovada com 67 parlamentares votando a favor, três contra e quatro abstenções.
A coalizão conservadora governista apoiou a lei como parte de seus contínuos esforços para fortalecer e incentivar a família natural.
A lei precisa ainda da aprovação do Presidente, que tem dez dias para autorizar um veto depois que o projeto de lei for assinado pelo presidente do Seimas Valinskas.
A Anistia Internacional e os grupos de ativistas homossexuais condenaram o projeto de lei, alegando que viola os direitos humanos, tais como a liberdade de expressão e a proteção contra a discriminação.
Vladimir Simonko, diretor da Liga Gay Lituana declarou: “Este é uma terça negra, isto é homofobia institucionalizada”, acrescentando que sua organização pedirá que o Presidente Valdas Adamkus vete a lei.
No entanto, o parlamentar Jarosaw Narkiewicz, disse ao diário católico polonês, Nasz Dziennik, que ele crê que o Presidente Adamkus assinaria a lei.
“Os membros do parlamento chegaram a uma conclusão, de que essa conduta, que tem um efeito destrutivo nas crianças, não pode ser tolerada. A situação presente nos meios de comunicação influenciou isso”, disse Narkiewicz numa entrevista. “Estamos vendo violência crescente nos meios de comunicação, e menores de idades estão tendo acesso a isso. Tentamos também apresentar a homossexualidade ou a bissexualidade de um modo positivo, não apenas em programas de entretenimento ou entrevistas, mas também em programas educacionais. É verdade que esses tipos de condutas são contra a lei natural e contra o Cristianismo, mas esse fato é em grande parte ignorado”.
Narkiewicz acrescentou que a lei não é inteiramente satisfatória para ele já que não tem penalidades que desencorajariam grupos de violar a lei.
A parlamentar Aleknaite-Abramkiene disse para o jornal Baltic Times que os legisladores não estavam tencionando discriminar os homossexuais, mas em vez disso queriam garantir paz na comunidade e respeito pelos valores das famílias lituanas.
“A opinião pública é bem clara — eles não querem uma demonstração de sexualidade”, disse ela. “As pessoas querem viver de acordo com suas regras, com liberdade para que cada um viva como quer, mas sem intervir na vida pública e influenciar os jovens”.
“Essa lei criará um equilíbrio democrático entre a maioria e a minoria — queremos paz”.
A Lituânia e sua vizinha Látvia têm nos anos recentes se tornado importantes alvos de propagandas e demonstrações antagonizantes de ativistas homossexuais europeus, que fizeram ou tentaram fazer paradas de orgulho gay sexualmente provocantes nas capitais dos países bálticos.
Em 2007 e 2008, autoridades de Vilnius e Kowno proibiram uma demonstração tal, uma “marcha de tolerância” organizada sob a direção da Comissão Européia.
Veja cobertura relacionada de LifeSiteNews:
Lithuania Holds First March for Life and Family
http://www.lifesitenews.com/ldn/2007/may/07050706.html
Latvian Cardinal Warns "Gay" Pride Parade a Foretaste of "True Military" Attack on Nation's Values
http://www.lifesitenews.com/ldn/2007/may/07051105.html
Lithuania Mayor Backs Bus Drivers in Strike Against Homosexual Ads
terça-feira, 23 de junho de 2009
Querem uma prova? Basta ver a indignação com a tal “ficha falsa” de Dilma publicada pela própria Folha. Tudo indica, de fato, que era uma montagem que circulava na Internet. E ela fez bem em reclamar. Mas a coisa não parou por ali. Fez-se da dita-cuja mero pretexto para escoimar o passado de Dilma de suas inconveniências. A ex-dirigente da VAR-Palmares veio a público para declarar, sob o silêncio cúmplice da larga maioria, que ela havia cometido apenas “crime de organização”. De organização? Duas perguntas com respostas:Pergunta 1 - O que ela “organizava”?Resposta - A VAR-Palmares.Pergunta 2 - E a VAR-Palmares organizava o quê?
Resposta - Lembro só algumas coisas, que muitos pretendem chamar “resistência” - e que eu chamo “terrorismo”:
- 01/07/1968 - A execução de Edward Ernest Tito Otto Maximilian Von Westernhagen, major do Exército alemão (na verdade, morto pela Colina, grupo que depois ajudou a formar a VAR-Palmares. Em 1968, Dilma era do Colina);
- 12/10/1968 - Execução de Charles Rodney Chandler, capitão do Exército dos EUA;
- 31/03/1969 - assassinato do comerciante Manoel da Silva Dutra, durante assalto ao Banco Andrade Arnaud, no Rio. Carlos Minc estava no grupo.
- 11/07/1969 - Assassinato de Cidelino Palmeiras do Nascimento, motorista de táxi (conduzia policiais em seu carro), decorrência do assalto ao Banco Aliança;
- 18/07/1969 - Roubo do “Cofre do Adhemar”. O dinheiro nunca apareceu;
- 24/07/1969 - O assassinato do soldado da PM-SP Aparecido dos Santos Oliveira, decorrência de um assalto a uma agência do Bradesco, de que a VAR-Palmares fez parte;
- 22/10/1971 - Assassinato de José do Amaral, suboficial da reserva da Marinha;
- 05/02/1972 - Assassinato de David A. Cuthberg, marinheiro inglês, de 19 anos, que visitava o Brasil com sua fragata. Quatro membros da VAR-Palmares estavam entre os executores. Crime do rapaz: seu uniforme representava o imperialismo inglês…
A onda de indignação que se seguiu à publicação da “ficha falsa” tentou transformar Dilma numa espécie de freira dos pés descalços. Parecia que era dirigente da VAR-Palmares para promover a Primeira Comunhão das moças católicas. Para os “inimigos”, a ausência de provas que condena; para os amigos, o excesso de provas que absolve. David A. Cutherberg, por exemplo, morreu sem saber por quê, mas a VAR-Palmares sabia muito bem por que o matou: tinha uma utopia… Reação obviamente histérica aconteceu, também, por ocasião do termo “ditabranda”. Como escrevi aqui, até entendo que muitos contestem o emprego de tal palavra. Mas se aproveitou o episódio para, uma vez mais, reciclar uma falsa história de santos e demônios.Não se enganem: a tentativa de esmagar Simonal é só uma forma de contar a história dos vivos, não dos mortos. E não se trata de nenhuma conspiração. Não lido com misticismos. Fosse uma, seria algo até mais fácil de combater porque conspirações têm um centro, um núcleo. Lida-se com algo bem pior: com uma cultura.
sexta-feira, 19 de junho de 2009
Extraído do livro "Pérolas Diárias" (de Wim Malgo)
Por: Bruno Pontes
Artigo em O EstadoLula já decretou que ninguém neste país pode lhe dar lições de ética. Ninguém. Quando surgiram as primeiras denúncias de corrupção nos Correios, que resultariam na descoberta do mensalão, em meados de 2005, Lula bateu no peito: "Ninguém tem mais autoridade moral e ética do que eu para fazer isso, para transformar a luta contra a corrupção não em bandeira, mas em prática cotidiana". Sendo assim, vale a pena analisar outras declarações do nosso presidente à luz da moral e da ética.Em dezembro de 2001, Lula participou da 10ª reunião do Foro de São Paulo, em Havana, com outros bacanas da esquerda latino-americana, incluindo entidades filantrópicas como o Tupac Amaru peruano e as Farc colombianas. Lula estava bastante sentimental. Ele se desmanchou na presença de Fidel Castro: "Tenho absoluta noção das críticas que Cuba e o governo cubano recebem todos os dias de grande parte da imprensa no Brasil e no mundo. Mas vou lhes dizer: obrigado, Fidel Castro. Obrigado por vocês existirem. Vocês dão demonstração todos os dias de que é melhor fazer menos do que poderíamos fazer, de cabeça erguida, do que ceder e perder a auto-estima – é melhor fazer pouco, mas com dignidade. A velhice é implacável: debilita o nosso corpo e enruga a nossa pele – mas a traição aos ideais é pior, porque enruga a própria alma. Embora o seu rosto esteja marcado por rugas, Fidel, sua alma continua limpa porque você não traiu os interesses do seu povo".Não se sabe a opinião dos milhares de cubanos fuzilados desde 1959 para que Fidel continuasse com a alma limpa. Não se sabe a opinião de Lula a respeito desses desgraçados que traíram os interesses do regime comunista.Lula também tem palavras pertinentes sobre o Oriente Médio. Foi dele a melhor síntese dos conflitos em torno da eleição presidencial iraniana, realizada na semana passada e provavelmente roubada por Mahmoud Ahmadinejad, o amigo da diplomacia petista: "É uma votação muito grande para a gente imaginar que possa ter havido fraude. Eu não conheço ninguém, a não ser a oposição, que tenha discordado da eleição do Irã. Não tem número, não tem prova. Por enquanto, é apenas, sabe, uma coisa entre flamenguistas e vascaínos".Nosso presidente tem critérios curiosos. Primeiro ele diz que não houve fraude porque Ahmadinejad teve uma votação muito grande, quando uma votação muito grande (inclusive na cidade do adversário mais forte) é justamente um indício de fraude. Depois alega desconhecer alguém que tenha suspeitado da eleição, como se o bate-papo do seu círculo de amizades resolvesse a questão. Mesmo assim, essas imbecilidades são inofensivas diante do absurdo de sua comparação futebolística. O que está acontecendo no Irã é um pouquinho mais complexo do que uma partida de futebol: trata-se de um povo dividido entre a tirania e a democracia, entre o convívio pacífico com os vizinhos e o patrocínio a grupos terroristas e a ameaça nuclear sobre Israel. Alguns manifestantes foram mortos. Aparentemente o líder da oposição foi preso. Estamos recebendo, via Twitter, os relatos de centenas de iranianos indignados com a repressão. Para Lula, são apenas, sabe, torcedores chateados com os números do campeonato.
by Coturno Noturno
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O governo Lula pedirá hoje a 91 moradores da região do Araguaia, no Pará, perdão por crimes cometidos contra eles há três décadas pelos militares que combatiam na selva amazônica a guerrilha organizada pelo então clandestino PC do B. Cada um receberá até R$ 100 mil de indenização.O pedido de desculpas será apresentado em praça pública, na cidade de São Domingos do Araguaia (540 km ao sul de Belém), pelo ministro da Justiça, Tarso Genro, e pelo presidente da Comissão de Anistia do governo, Paulo Abrão Júnior.(Da Folha)
Os juros ao consumidor "baixaram" para 7,28% ao mês, ou 132,39% ao ano. Se você ficar devendo R$ 1.000,00 no cheque especial durante 12 meses consecutivos, formará uma impressionante dívida de R$ 2.323,90. Se, ao contrário, você aplicar o mesmo valor na poupança, fechará um ano com R$ 1.070,00 na conta. E mais: se você deixar negativo no cheque especial, durante 20 dias, o mesmo valor que tem na poupança,pagará de juros o que receberá em um ano. Por enquanto, porque Lula vai mudar. Para o nosso presidente e seu governo, o problema está nos 6% da poupança e não nos spreads bancários. No "estratosférico lucro" de R$ 70,00 pago ao pequeno poupador e não nos R$ 1.323,90 cobrado pelo grande especulador, que recebe vinte vezes mais do que paga.
quarta-feira, 10 de junho de 2009
Estilo “Tiozão”
Texto: Aldo Tizzani - Fotos: Renato Durães/Agência INFOMOTO
Como se fosse hoje, lembro-me da primeira moto que pilotei. Uma Honda CB 400 prata, ano 1982. A CB era de um colega que não se preocupou com minha total inexperiência. Ele me fez uma pergunta e depois me deu algumas orientações básicas: “Você sabe andar de bicicleta?” Como a resposta foi positiva, então vieram as dicas: “aperta a embreagem, engata a primeira, solta devagarzinho a embreagem e vai acelerando. Depois, é só ir trocando a marcha. Primeira para baixo e resto para cima”. Com esta rápida aula teórica, fui lá eu dar umas voltinhas com a CB 400. Depois de alguns minutos já estava acostumado com a máquina que, diga-se, era muito fácil de pilotar. Foi a minha primeira emoção sobre duas rodas. Quem tem menos de 30 anos, a sigla “CB” significa Citzen Band ou "faixa do cidadão", numa alusão à sua versatilidade. Já que a motocicleta rodava com bastante desenvoltura tanto na cidade, como também da estrada. Além do mais, na época a CB era uma das poucas opções nacionais de motos de média cilindrada.
Uma releitura de um clássico da década de 70, a CB 1300 Super Four me trouxe boas recordações. Saudosismo à parte, a big naked da Honda é muito confortável, têm um motor de alto desempenho e está recheada de siglas: H.I.S.S. (sistema antifurto) e PGM-FI (injeção eletrônica de combustível multi point). Porém, a grande novidade neste modelo 2009 é a adoção do sistema de freios ABS (Anti-Lock Brake System). Com tanta tecnologia embarcada, parece que a CBzona está mais na mão que nunca.
Desenvolvido para oferecer o máximo de segurança, o ABS reduz a possibilidade de travamento das rodas. Na prática, utilizado em situações extremas, o sistema de freios ABS transmite a sensação que a roda está “quadrada”, diminuindo gradativamente a velocidade, sem que o pneu trave ou perca o contato com o solo. Na CB 1300, o ABS trabalha de forma independente. Pode ser acionado só na roda dianteira, só na traseira ou combinado, se o piloto acionar o manete e o pedal de freio ao mesmo tempo, diminuindo, assim, o tempo e o espaço da frenagem. Neste modelo não há o sistema CBS (Combined Brake System), que aciona uma das pinças do freio dianteiro quando o motociclista pisa firmemente no freio traseiro. O CBS-ABS da Honda está disponível na CB 600F Hornet 2009.
Para colaborar com a nobre missão de parar a moto, na dianteira há duplo disco flutuante com 310 mm de diâmetro e cáliper de quatro pistões. Já na traseira conta com disco simples com 256 mm de diâmetro e cáliper de pistão simples. Conjunto por si só muito eficiente. Ambos merecem destaque, pois o dianteiro “morde” com vontade os dois discos; já o traseiro cumpre muito bem o seu papel.
Motor quenteApresentada durante o Salão Internacional do Automóvel de 2006, a CB 1300 Super Four só começou a ser comercializada no País em junho de 2007. A moto está equipada com motor de quatro cilindros em linha, DOHC (Double Over Head Camshaft), de 1.284 cm3, capaz de gerar 111 cv de potência máxima a 7.750 rpm e torque máximo de 11,6 kgf.m a 6.000 rpm. Traduzindo: o propulsor trabalha de forma linear, despejando gradativamente a potência. A CB 1300 2009 ganhou dois novos catalisadores e com isso perdeu pouco mais de 4 cv de potência. Na versão anterior, a moto gerava 115,6 cv a 7.500 rpm de potência e torque de 11,9 kgf.m a 6.000 rpm. Com isso, a CBzona está plenamente de acordo com o Promot 3 (Programa de Controle da Poluição do Ar por Motociclos e Veículos Similares).Apesar da concepção de quatro cilindros em linha, a CB esbanja torque desde os baixos giros. É possível sair de uma lombada a 30 Km/h em quinta marcha sem a moto “engasgar”. Mas se o motociclista precisar de um comportamento mais esportivo, basta reduzir a marcha e girar o acelerador. Assim a CB oferece respostas rápidas e precisas, graças ao sistema de injeção de combustível. O ponteiro da velocidade sobe rápido, tão rápido quanto a adrenalina correndo em minhas veias. A moto chega facilmente aos 160 Km/h, sempre muito estável e confortável. Sua velocidade máxima ultrapassa os 220 quilômetros por hora. Há quem ache pouco, mas vale lembrar que se trata de uma naked, ou seja, uma moto em que o piloto fica exposto ao vento. Em seu habitat natural, a estrada, o consumo médio gira em torno de 16 Km/l. O tanque de combustível tem capacidade para 21 litros de combustível (4,5 litros de reserva). Pilotar a CB 1300 Super Four é uma tarefa tão agradável que surpreende devido ao seu tamanho (2,220 m). Seu porte musculoso esconde uma moto extremamente fácil e dócil de ser pilotada – desde que o acelerador não seja acionado com vontade – por horas seguidas. O único inconveniente nessas condições é o calor propagado pelo motor. Chega a incomodar. Porém, esta pode ser considerada uma característica desta moto, basta ver o tamanho do bloco do propulsor.
Ciclística e visual Na dianteira, a CB 1300 conta com suspensão telescópica com garfos convencionais de 43 mm e curso de 120 mm na dianteira. Já na traseira, balança de alumínio de 116 mm de curso. Detalhe: a moto conta ainda sistema de duplo amortecedor com reservatório a gás e cinco níveis de ajuste da compressão da mola (Shock Unit). Um fiel aliado para que roda com garupa ou bagagem. A CB 1300 foi montada sobre um chassi fabricado em aço tubular de berço duplo resistente a torções.Além das suspensões, o guidão também é ajustável (20 mm) para frente ou para trás. Assim, o piloto pode obter uma melhor postura. Para aumentar o nível de conforto, a CBzona conta com assento em dois níveis. Sob o banco, há um pequeno compartimento que permite guardar, por exemplo, capa de chuva e luvas.
No melhor estilo “tiozão”, o visual da CBzona é impactante. Tudo é grande nela: motor, escapamento, banco, lanterna traseira (em LEDs), pneus... As rodas de liga leve de cinco pontas estão calçadas com pneus radiais (120/70 na dianteira e 180/55 na traseira), que garantem maior aderência e segurança. Já o escapamento em aço inox (4 x 2 x 1), conta com saída lateral. A rabeta lembra a utilizada na CB 450 TR, da década de 90. Como acessórios originais, a Honda oferece pára-brisa esportivo e bagageiro com encosto.
FICHA TÉCNICACB 1300 Super Four
A tradução para o português é do professor de inglês e tradutor Geraldo Leal, paulistano radicado em Florianópolis.Rolando página vocês poderão ler o primeiro e o segundo capítulo em posts mais abaixo.
O Flick Group também rapidamente construiu um império de negócios na Europa. Friedrich Flick se manteve sem arrependimento sobre histórico no período de guerra e se recusou a pagar um único marco em compensação até sua morte em julho de 1972 com a idade de 90 anos, quando ele deixou uma fortuna de mais de US$1 bilhão.Para muitas personalidades industriais importantes no regime nazista, a Europa se tornou uma cobertura para perseguir interesses nacionais alemães depois da derrota de Hitler, diz o historiador Dr. Michael Pinto-Duschinsky, um conselheiro para os antigos trabalhadores escravos judeus.A continuidade da economia da Alemanha e das economias da Europa pós-guerra é impressionante. Alguns dos principais líderes na economia nazista se tornaram importantes construtores da União Européia.Numerosas empresas exploraram trabalhadores escravos incluindo BMW, Siemens e Volkswagen, que produziu munição e foguetes V1.O trabalho escravo era uma parte integral da maquina de guerra nazista. Muitos campos de concentração estavam juntos com fábricas onde funcionários trabalhavam ao lado de oficiais da SS que supervisionavam os campos.Como Krupp e Flick, Herman Abs, o banqueiro mais poderoso da Alemanha no pós-guerra, havia prosperado no Terceiro Reich. Dapper, elegante e diplomático, Abs entrou na diretoria do Deutsch Bank, o maior banco da Alemanha em1937. Enquanto o império nazista se expandia, o Deutsch Bank arianizou bancos austríacos e tchecos que pertenciam a judeus.Em 1942, Abs tinha 40 diretorias, um quarto delas em países ocupados pelos nazistas. Muitas dessas empresas arianizadas usavam escravo em 1943 a riqueza do Deutsch Bank havia quadruplicado.Abs também participava da diretoria do I.G. Farben, como representante do Deutsch Bank. I.G. Farben era uma das empresas mais poderosas da Alemanha Nazista, formada por uma união da Basf, Bayer, Hoechst e subisidiárias nos anos 20.Ela estava tão profundamente ligada a SS e os nazistas que possui seu próprio campo de trabalho escravo em Auschwitz, conhecido como Auschwitz 3, onde dezenas de milhares de judeus e outros prisioneiros produziam borracha artificial.Quando eles não podiam trabalhar mais eles eram mandados para Birkenau. Lá eles eram mortos em câmaras de gás usando Zyklon B, cuja patente era da I.G. Farben.Durante a guerra a empresa havia financiado a pesquisa de Ludwig Erhard. Depois da guerra, 24 executivos da I.G. Farben foram processados por crimes de guerra em Auschwitz 3, mas apenas 12 dos 24 foram condenados e sentenciados a penas de um ano e meio a oito anos. A I.G. Farben ficou impune do assassinato em massa.Abs foi uma das personalidades mais importantes na reconstrução da Alemanha pós-guerra. Foi graças a ele que, como o relatório Red House indicava, um poderoso império alemão foi reconstruído, formando a base da União Européia hoje.Os seus membros incluíam industriais e investidores e desenvolveram políticas conhecidas hoje – Integração monetária e sistemas comuns de transporte, energia e previdência social.Quando Konrad Adenauer, o primeiro chanceler da Alemanha Ocidental, tomou o poder em 1949, Abs era seu consultor financeiro mais importante.Abs estava trabalhando duro para que o Deutsch Bank fosse permitido se reconstituir depois da descentralização. Em 1957 ele obteve sucesso e retornou a seu empregador anteriorNaquele mesmo ano seis membros do ECSC assinaram o tratado de Roma, que criou a Comunidade Econômica Européia. O tratado liberou o mercado e estabeleceu poderosas instituições supra-nacionais incluindo o Parlamento Europeu e a Comissão Européia.Como Abs, Ludwig Erhard floresceu na Alemanha pós-guerra. Adenauer fez de Erhard o primeiro ministro da economia da Alemanha pós-guerra. Em 1963 Erhard sucedeu Adenauer como chanceler por três anos.Mas o milagre econômico alemão, tão vital para a idéia da nova Europa, foi construído sobre assassinato em massa. O número de escravos e trabalhadores forçados que morreram enquanto empregados por empresas alemãs na era nazista foi de 2.700.000.Alguns pagamentos compensatórios esporádicos foram feitos, mas a indústria alemã concluiu um acerto global e conclusivo apenas em 2000, com um fundo compensatório de 3 bilhões de libras. Não foi admitida responsabilidade legal e a compensação individual foi pequena.Um trabalhador escravo receberia 15.000 marcos (aproximadamente 5.000 libras) e um trabalhador forçado 5.000 (aproximadamente 1.600 libras). Qualquer demandante que aceitasse o acordo não poderia mover nenhuma outra ação.Para colocar esta soma de dinheiro em perspectiva, a Volkswagen sozinha teve um lucro de 1,8 bilhão de libras.Neste mês de junho, 27 estados membros da União Européia terão a maior eleição transnacional da história. A Europa agora tem paz e estabilidade, lar para uma grande comunidade judaica. O holocausto está gravado na memória nacional.Mas o relatório Red House é uma ponte entre um presente ensolarado e um passado sombrio. Joseph Goebblels, o chefe de propaganda de Hitler disse: Em 50 anos ninguém pensará em nações-estados.Por enquanto o estado-nação resiste. Mas estas três paginas datilografadas são um lembrete que a ânsia por um Estado Federal europeu se mistura aos planos da SS e industriais alemães para o Quarto Reich – Um império econômico e não militar.
segunda-feira, 8 de junho de 2009
sexta-feira, 5 de junho de 2009
O blog inicia hoje, em três capítulos, com exclusiva tradução para português, esta reportagem do Daily Mail Online, de autoria de Adam Lebor, intitulada "Revelado: O relatório secreto que mostra como os nazistas planejaram o Quarto Reich...na União Européia", com base em documento encontrado nos arquivos da inteligência americana (veja facsímile acima).
Decidi dividir a reportagem em três capítulos, porque o texto é meio longo para uma única postagem. Mas a abordagem é interessante. Lebor refere-se ao romance que escreveu O Protocolo de Budapest, inspirado no Relatório Red House. "Mas conforme pesquisei e escrevi o romance, eu percebi que partes do relatório Red House haviam se tornado um fato", diz ele.
De fato, a análise que formula neste texto publicado no site do Daily Mail sugere uma reflexão que contempla, por exemplo, o fato de que os industriais que colaboraram com Hitler e que utilizaram judeus em trabalho escravo em suas fábricas foram soltos depois de permanecerem presos algum tempo. Suas empresas continuam operando até hoje e, de forma surpreendente, há uma inexplicável tolerância da União Européia à invasão árabe. No pós-guerra os árabes foram os coiteiros dos nazistas foragidos, pois viam neles seus macabros parceiros na tentativa de liquidar os judeus.
Eis aqui o primeiro capítulo desta ótima reportagem. A tradução livre é do professor particular de inglês e tradutor Geraldo Leal, paulistano radicado em Florianópolis.
Amanhã sabado o segunda parte.