Sic transit gloria mundi

"Assim passa a glória do mundo”

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Mst a muito usa táticas do Hamas

No Globo Online:Jornalistas que presenciaram o confronto de seguranças da Fazenda Espírito Santo, em Eldorado dos Carajás, com integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) que deixou oito feridos, contaram nesta segunda que foram usados como escudos humanos pelos sem-terra e colocados de propósito na linha de tiro. Dois repórteres da TV Liberal, afiliada da Rede Globo, e um do jornal "Opinião" denunciaram que, além de ter servido de escudo, foram mantidos como reféns.O cinegrafista Felipe Almeida, da TV Liberal, que filmou cenas do tiroteio, contou os momentos de pavor que viveu:- Eles (os sem-terra) mandaram que desligássemos as câmeras e avisaram que íamos ficar com eles. Mandaram que continuássemos andando na direção dos seguranças. Andamos uns 50 metros e ainda alertamos os sem-terra que ia haver tiro. Eles disseram: "Vocês que estão na frente que se virem". Quando o tiroteio começou, todo mundo correu, mas não consegui correr e fiquei lá filmando e rezando para não acontecer nada comigo.O repórter Ednaldo Sousa, do "Opinião", escreveu sobre o que enfrentou: "Repórteres foram impedidos de gravar imagens dos sem-terra na caminhada até o retiro. Alguns sem-terra tomaram os equipamentos e, somente próximo do retiro São José, devolveram. Para piorar ainda mais a situação, os jornalistas foram feitos de escudo humano".Victor Haor, repórter da TV Liberal, também fez um relato:- Não nos deixaram sair pela frente da fazenda. Só conseguimos retornar na tarde de domingo. Mesmo assim, o gerente da fazenda queria que nós ficássemos lá porque, para ele, éramos uma garantia de segurança. Mas nós não aceitamos porque não havia mais condições de permanecer lá.Charles Trocate, dirigente do MST, disse que os sem-terra não tinham intenção de invadir a sede da fazenda, mas de buscar palha e madeira para fazer barracos. O dirigente do MST, porém, afirmou que esta semana o movimento planeja mais ocupações de propriedades que seriam do banqueiro Daniel Dantas.- Nem tínhamos por que fazer a ocupação no sábado, depois da semana de mobilização, que acabou na sexta. Não havia decisão de enfrentamento - disse Trocate.O MST exige, agora, a libertação de dois sem-terra presos pelos seguranças durante o conflito e levados para a delegacia.A Agropecuária Santa Bárbara, empresa dona da Fazenda Espírito Santo, pediu a intervenção federal no Pará, governado por Ana Júlia Carepa (PT).O MST mantém interditada a estrada vicinal que dá acesso à propriedade, que tem o empresário Daniel Dantas como um dos sócios.No pedido - protocolado no Tribunal de Justiça do Pará 15 dias antes do tiroteio na Fazenda Espírito Santo -, a empresa critica a lentidão do estado no cumprimento de mandados de reintegração de posse.

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