Sic transit gloria mundi

"Assim passa a glória do mundo”

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

O post abaixo é do blog do Bruno Pontes, meu sentimento é o mesmo e é assim que as coisas estam se encaminhando para o fim.(Lucas 18:8) "Digo-vos que depressa lhes fará justiça. Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?"

Natal no shopping

Inevitavelmente, a televisão nos informa que os brasileiros saíram às compras de Natal. Todo dia a mesma coisa, e não falta o complemento inédito: o brasileiro deixou para comprar na última hora. Ouço os apresentadores anunciando essas matérias e sinto vontade de mandar uma bomba ao estúdio, só para assustar e descontrair, com a mensagem anexada: "Favor aposentar a aborrecida pauta das compras de última hora. Obrigado".
O desabafo acima é completamente gratuito. A questão é outra. Não sei se o leitor reparou, ou se concorda; pode ser distração minha, mas acho que ainda não ouvi na televisão referências a um certo personagem natalino. Salvo engano, o Natal tem algo a ver com o nascimento de Jesus, ou pelo menos tinha até um dia desses. Parece que agora só dá Papai Noel.
Nada contra o Noel. Pelo contrário; é um senhor simpático e alegra as crianças de zero a cem anos. Mas a sensação de que as coisas andam esquisitas veio de novo quando estive em um shopping, dias atrás. Logo na entrada do estabelecimento, os consumidores são agraciados com o que, na minha ingenuidade, imaginei ser um presépio. Ao avistar o Papai Noel sentado no trono, meu senso aguçado rapidamente concluiu que não se tratava de um presépio. O Papai Noel estava acompanhado de duas belas ajudantes na casa dos 20 anos. Eu e alguns pais chegamos perto para ver melhor o bom velhinho.
Desviando de milhares de pessoas e sacolas, percorri o shopping à procura de um modesto presépio. Enxerguei ao longe um parque arborizado artificialmente com uma casinha no meio. Era ali, só podia ser. Cheguei à casinha; era a sala de estar de uma família de ursos mecanizados, que mexiam braços e cabeças. Novamente, não encontrei quem eu esperava.
Olhei ao redor. Árvores e arbustos com caixas de presentes penduradas nos ramos, e outros bichinhos realizando movimentos sincronizados. Eu já estava de saída, quando meus olhos esbarraram numa armação de madeira posicionada no jardim. A cena parecia familiar. Seria uma manjedoura? Ele estava lá? Para verificar, tive que aguardar um pai enquadrar a filha e apertar o botão da câmera. O homem não mostrava familiaridade com o equipamento, então fiquei imóvel ali por alguns segundos. Feita a fotografia, pude me aproximar. Não era uma manjedoura, e sim uma cesta com rodinhas. Dentro dela havia um urso. Fui embora, desviando de um monte de sacolas.


Feliz Natal a todos.

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